segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

STJ revoga prisão de funkeiros acusados de apologia ao tráfico

Policiais patrulhavam a região e teriam sido atacados . Foto: Jadson Marques/Futura Press
Policiais durante patrulha no Rio de Janeiro



O Superior Tribunal de Justiça (STJ) revogou a prisão de cinco funkeiros detidos no dia 15 de dezembro acusados de fazer apologia ao tráfico de drogas, após a invasão do Morro do Alemão, na cidade do Rio de Janeiro.
De acordo com o STJ, foi deferida, na sexta-feira, a liminar em favor de Frank Batista Ramos (MC Frank), Max Muller da Paixão Pessanha (MC Max), Wallace Ferreira da Mota (MC Smith), Anderson Romulado Paulino (MC Dido) e Fabiano Batista Ramos (MC Ticão). Não foram divulgados, pela corte, detalhes nem a argumentação da decisão.
Eles foram presos por agentes da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) após a polícia encontrar com os cantores CDs de "proibidões", musicas que fazem apologia ao tráfico e aos chefes de facções. Eles foram autuados por formação de quadrilha, associação ao tráfico de drogas, incitação ao crime e apologia ao tráfico.
Em vídeo, Frank e Ticão cantam a localização dos principais chefes do tráfico do Rio de Janeiro. De acordo com a letra, Fabiano Atanásio, conhecido por FB, e outros membros do Comando Vermelho estariam escondidos na favela da Rocinha, controlada pelo traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, apelidado de Nem, líder da facção ADA (Amigos dos Amigos).
Violência no Rio
O Complexo do Alemão foi ocupado pelas forças de segurança desde o dia 28 de novembro. A tomada do local aconteceu praticamente sem resistência numa ação conjunta da Polícia Militar, Civil, Federal e Forças Armadas. A polícia investiga uma possível fuga de traficantes pela tubulação de esgoto do Alemão antes dos policiais subirem o morro. No dia 25 de novembro, a polícia assumiu o comando da Vila Cruzeiro, na Penha. Ambos dominados, até então, pela facção criminosa Comando Vermelho. As ações foram uma resposta do Estado a uma série de ataques, que começou na tarde do dia 21 de novembro. Em uma semana, pelo menos 39 pessoas morreram e mais de 180 veículos foram incendiados por criminosos nas ruas do Rio de Janeiro.

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